|
|
Zeile 17: |
Zeile 17: |
| '''Horário de atendimento'''<br> | | '''Horário de atendimento'''<br> |
| Segunda a sexta-feira (9h às 17h), sábado (9h às 13h). | | Segunda a sexta-feira (9h às 17h), sábado (9h às 13h). |
| + | |
| | | |
| '''Fazenda Santa Bárbara'''<br> | | '''Fazenda Santa Bárbara'''<br> |
Version vom 19. November 2012, 14:21 Uhr
Fachada do Museu Hansen Bahia, Cachoeira. © Jochen Weber
O pintor e gravador Karl-Heinz Hansen (1915–1978) nasceu em Hamburgo. Aprendeu o seu ofício ainda bem jovem. De espírito aventureiro, lançou-se cedo a novas terras. Foi vendedor de sorvetes, artista de circo, marinheiro, bombeiro e soldado na Segunda Guerra Mundial. Pintou a Hamburgo devastada e quando começou a fazer xilogravuras, deu o nome de Totentanz (A dança dos mortos) a uma das suas primeiras séries. O artista fez também gravuras para livros infantis com contos de fada de sua própria autoria.
O busto de Hansen Bahia. © Jochen Weber
Em 1950, muda-se para o Brasil e se estabelece em São Paulo. Nessa cidade, trabalhou como ilustrador, tendo sido praticamente apadrinhado por Pietro Maria Bo Bardi, o então diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde ganhou uma exposição individual de suas gravuras. Em 1955, foi a Salvador para expor na Galeria Oxumaré. Começava aí a paixão do artista pela Bahia. Logo ele se mudaria para a capital baiana, onde abriria posteriormente um ateliê. Em 1957, suas gravuras ilustraram a publicação Flor de São Miguel, contendo textos de Vinícius de Moraes, Jorge Amado e do próprio Hansen. Em 1958, ilustrava O navio negreiro, de Castro Alves. Suas xilogravuras tratam tanto de temas religiosos e de crítica social, quanto de motivos do imaginário folclórico baiano. A integração do artista alemão ao seu novo ambiente era tal, que Jorge Amado o rebatizou de Hansen Bahia.
Xilogravura de Hansen Bahia. © Jochen Weber
Mais tarde, ele voltaria a viver na Alemanha e, depois, alguns anos na Etiópia. Mas em 1966, não aguentou de saudades e retornou à Bahia, naturalizando-se brasileiro e montando um novo ateliê em Salvador. Em 1967, tornou-se professor de Artes Gráficas da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Três anos mais tarde, ele mudou-se para a Fazenda Santa Bárbara em São Félix, no interior da Bahia. Em 1976, doou seu acervo para a cidade de Cachoeira, onde foi criada a Fundação Hansen Bahia, que não é apenas um museu, mas também um órgão de fomento à gravura. Hoje a Fazenda Santa Bárbara abriga o Memorial Hansen Bahia, ligado à Fundação.