O compositor Heitor Villa-Lobos e sua homenagem a Bach

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Maestro Heitor Villa-Lobos. Foto: Wikicommons

Nascido no Rio de Janeiro, Heitor Villa-Lobos (1887–1959) é considerado o criador de uma linguagem brasileira para a música erudita e o expoente principal da música do Modernismo no país. Sempre atento às melodias e polifonias que ouvia a seu redor, o compositor recebeu diversas influências musicais desde pequeno. Além das modas de viola que ouvia na infância, ao morar em diversas cidades do interior do Estado, o pequeno Heitor já se deslumbrava ao escutar a tia tocar ao piano os prelúdios e as fugas do Cravo Bem Temperado de Johann Sebastian Bach.

Quando voltou à cidade do Rio de Janeiro, passou também a ouvir o choro, música de salão da época, que mistura ritmos sincopados e melodias elaboradas, com muito espaço para a improvisação. De 1905 a 1912, o jovem músico empreendeu uma viagem pelo Brasil, durante a qual pesquisou músicas folclóricas e regionais.

Sala do Piano no Museu Heitor Villa-Lobos. Foto: Museu Villa-Lobos

As Bachianas Brasileiras são uma série de nove composições para diversas formações instrumentais, compostas entre 1930 e 1945, período em que ele também se dedicou a escrever arranjos e transcrições para obras de Johann Sebastian Bach (1685–1750). Segundo o próprio Villa-Lobos, sua motivação para escrever as obras partiu das semelhanças encontradas entre as músicas folclóricas do sertão brasileiro e a obra do compositor barroco alemão. Duas de suas peças mais gravadas fazem parte desta obra, que é considerada a versão brasileira dos Concertos de Brandemburgo: a Ária (Cantilena), que abre a Bachiana Brasileira nº 5, e a Tocata (O Trenzinho do Caipira), quarta parte da Bachiana Brasileira nº 2.

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Museu Villa-Lobos
Rua Sorocaba, 200
Botafogo
22271-110
Rio de Janeiro – RJ

Aberto ao público
Segunda a sexta-feira (10h às 17h).